A avaliação diagnóstica de dislexia é um processo que inclui alguns fatores de exclusão, pois é preciso descartar a possibilidade de ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada e problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem. No Brasil, a avaliação diagnóstica geralmente é feita por uma equipe multidisciplinar, composta por diferentes profissionais. A…
De acordo com a Associação Internacional de Dislexia (IDA, na sigla em inglês), a dislexia afeta 10% da população mundial. A associação calcula que haja mais de 700 milhões de pessoas disléxicas no mundo. Estima-se que 4% da população brasileira tenha dislexia, o que representa mais de 8 milhões de pessoas.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês), a prevalência de transtornos de aprendizagem é de 5 a 15% entre crianças em idade escolar, em diferentes idiomas e culturas. Nos adultos, a prevalência é desconhecida.
A dislexia não é uma doença ou um transtorno da medicina, apesar de muitos neurologistas, geneticistas, psiquiatras, neuropsiquiatras e pediatras terem nos ajudado a aprender sobre esse transtorno. A dislexia é uma condição que requer intervenção educacional e tratamento. Não existem remédios para tratar ou curar a dislexia.
Sim. É importante que crianças com dislexia recebam uma intervenção apropriada, que inclua o treinamento da consciência fonológica e a instrução fonética (relação entre sons e letras). Pesquisas apontam que crianças que recebem este tipo de intervenção nos primeiros anos do ensino fundamental apresentam muito menos problemas de leitura nos anos posteriores. Além disso, quanto mais cedo se iniciar a…
Não. Em contraste com a crença popular, pessoas com dislexia geralmente não têm propensão de ver letras ou palavras ao contrário. Na verdade, o déficit responsável pela dislexia reside no sistema de linguagem, e não no sistema visual. Portanto, pessoas com essa condição têm dificuldade para nomear as letras, por exemplo, referindo-se ao b como d ou vice-versa. Além disso,…
O termo “disortografia” às vezes ainda é utilizado para se referir ao transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na expressão escrita. As alterações presentes incluem dificuldades para ortografar (p. ex., pode adicionar, omitir ou substituir vogais e consoantes) e dificuldades com a expressão escrita (p. ex., comete múltiplos erros de gramática ou pontuação nas frases; emprega organização inadequada de parágrafos;…
Por se tratar de uma condição com base neurobiológica, não é possível prevenir a dislexia. Entretanto, estudos de intervenção precoce realizados em vários países demonstram que, quanto antes se iniciar a intervenção, menores serão a defasagem escolar e os impactos emocionais da criança com dislexia.
Não existem remédios para tratar ou curar a dislexia. O tratamento da dislexia consiste em adaptações pedagógicas e atendimento especializado, e é conduzido por profissionais da área de saúde ou de educação.
Não. A dislexia é uma condição crônica que persiste ao longo da vida. Ela não é apenas um atraso temporário no desenvolvimento da leitura. Crianças que apresentam níveis mais baixos de leitura geralmente continuam a experienciar dificuldades ao longo da vida se não receberem uma intervenção de alta qualidade. Nunca é tarde demais para procurar ajuda.