O que funciona para os alunos com dificuldades persistentes em leitura e escrita nos anos iniciais?

Recomendações extraídas do documento Best Evidence Encyclopedia, criado pela Faculdade de Educação da Universidade John Hopkins, EUA, a partir da metanálise de 96 estudos de programas alternativos oferecidos a alunos com dificuldades em leitura e escrita, cursando do último ano do ensino infantil ao 5º ano do ensino fundamental.*

1.

Professores podem aumentar significativamente a aprendizagem de alunos com baixo rendimento em leitura e escrita ao adotarem técnicas de aprendizagem cooperativa ou modelos estruturados de aula com enfoque fonético-fonológico. Isto evita frustração, desmotivação e o possível estigma para essas crianças, assim como reduz significativamente as dificuldades, despesas e descontinuidades inerentes da oferta de serviços em grupos pequenos ou das aulas particulares.

 

2.

O ensino individual é altamente efetivo. Crianças que falharam na resposta às aulas convencionais e aos reforços oferecidos em grupo deveriam receber tutoria individualizada com abordagem de modelos fonético-fonológicos antes de se considerarem os serviços de longo prazo dos grupos de alunos com necessidades educativas especiais.

3.

A evidência não apoia a ideia de que as tutorias breves e pontuais nos anos iniciais da escolarização sejam suficientes para garantir o sucesso desses alunos no longo prazo. Para um impacto de longo prazo, é necessária a adoção de um modelo de ensino efetivo em sala de aula.

 

4.

Programas de desenvolvimento profissional extensivo aos professores são mais efetivos do que programas que oferecem tecnologia, currículo alternativo ou outras intervenções que não alteram as práticas de ensino dos professores no dia a dia.

Baixe o guia completo em inglês

 

* Pesquisa financiada pelo Instituto de Ciências da Educação, Departamento de Educação dos Estados Unidos. Acesso em www.bestevidence.org em 03 de janeiro de 2013.